O vasto património cultural herdado conta-nos uma história de milhares de anos de ocupação do território e mostra-nos uma singular identidade cultural, muito presente na região, evidente nas construções, na arte, na gastronomia, nos falares e cantares, nos modos de produção, nos saberes, nas crenças e outras tradições.
Um riquíssimo património histórico e paisagístico entre a Serra de Monfurado e a Planície Alentejana, bem como a genuína beleza arquitetónica da Vila e Aldeias, aliados à excelente gastronomia local.
Uma gastronomia de grande valor que está intimamente ligada à paisagem de montado, da qual se retiram os produtos criados de forma não intensiva, ao ritmo natural do que a terra oferece. Entre os pratos mais famosos, sobressaem as migas de carne de porco, o cozido à Portuguesa Alentejano, as açordas, a sopa de cação limado, o ensopado de borrego, e as sopas de tomate, baldroegas, entre outras. Conheça AQUI os nossos Restaurantes.
Semanalmente, ao sábado temos um Mercado Biológico na Praça da República. Aqui encontra produtos frescos, biológicos , acabados de colher, doces caseiros, Peixe Fresco e artesanato!
No terceiro sábado de cada mês o Mercado Mensal na Praça da República, com venda de vestuário, calçado, bijuteria e outros artigos.
Na Primavera celebra desde 2022 a Festa da Esteva, com três dias com musica, desporto e outras animações é uma Festa diferente associada à Primavera e a uma planta predominante, na nossa região e com um significado especial - a Esteva -.
A Feira Franca do Escoural realiza-se no terceiro fim de semana de julho. Evento com duração de 4 dias com muita música, atividades, gastronomia, e divertimentos para todas as idades. É um momento marcante para a Vila do Escoural criado à volta das pessoas, dos artistas, da convivência, da cultura. No domingo é celebrada uma procissão em honra de São Tiago e termina na segunda-Feira, dia em que é ferido na Freguesia do Escoural.
O projeto “Encontro em Terras de Ferro”, desenvolvido pela Oficinas Do Convento em parceria com a Marca Associação Desenvolvimento Local. Consiste, por um lado, na criação de um roteiro de visitas-oficinas “Saídas de Mestre” que têm por base a história, os saberes, os ofícios e o património natural da região
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No dia 17 de abril de 1963, o tiro de uma pedreira na Herdade da Sala, Freguesia de Santiago do Escoural colocava a descoberto aquela que seria uma das mais importantes descobertas arqueológicas do século XX em Portugal.
Classificada como Monumento Nacional (Decreto nº 45327, de 25 de outubro de 1963) – No atual território português, a Gruta do Escoural, é a única cavidade conhecida, que possui pinturas e gravuras rupestres realizadas no Paleolítico Superior.
Aqui se encontram testemunhos da presença de duas espécies humanas distintas, o Homem de Neanderthal e o Homo Sapiens.
A Gruta do Escoural é considerada um importante sítio arqueológico não apenas em Portugal, mas em toda a Europa, pela sua riqueza em informações sobre a vida e a cultura dos povos que habitaram a região há milhares de anos.
Constitui a única cavidade conhecida no atual território português, com pinturas e gravuras rupestres realizadas no Paleolítico Superior. No exterior, na elevação acima da gruta, situa-se um Santuário Rupestre Neolítico e um pequeno povoado Calcolítico.
São cerca de trinta as galerias, além de diversas salas e corredores, em vários níveis, com pinturas de cavalos, bois, linhas geométricas abstratas e signos enigmáticos que se presumem estar ligados a rituais mágicos e religiosos do Homem pré-histórico, podendo o local assumir a forma de um santuário do Paleolítico Superior.
Gravuras de bovinos e cavalos marcam as paredes da gruta e ferramentas líticas e vestígios orgânicos de auroques, hienas, veados e cavalos mostram que o espaço terá sido abrigo de caçadores no Paleolítico Médio.
No neolítico, esta gruta foi muito utilizada como necrópole funerária tendo os respetivos vestígios (ossadas humanas e espólio votivo associado) sido conservados por espessa camada de calcite.
É sinónimo de uma viagem de centenas de milhares de anos, até ao Paleolítico. Das galerias mais afastadas, até ao cimo do outeiro, surgiram ao longo dos milénios, várias civilizações pré-históricas. A mais antiga ocupação humana no Escoural data de há cerca de 50 mil anos. Embora se possam identificar diversos temas na arte rupestre do Escoural, o que predomina são representações de Equídeos e Bovinos.
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A gruta do Escoural - National Geographic Portugal
Gravura de Equídeos | Gruta do Escoural 3D Model - Morbase
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A Gruta do Escoural - O Documentário
A Anta Capela de Nossa Senhora do Livramento, classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 41191, de 18 de julho de 1957 .
A sua morfologia original foi bastante alterada aquando da sua transformação em capela, no século XVII.
Trata-se de uma anta transformada em capela, no séc. XVII. Do monumento original identifica-se ainda a laje e cinco esteios, perfeitamente visíveis apesar de rebocados e caiados. No seu interior, encontra-se a imagem de Nª. Sra. do Livramento e diversos ex-votos.
Coordenadas Geográficas: Longitude 8º,07’,46” / Latitude 38º,31’,29”
Itinerário: Na estrada de Escoural para Valverde, antes de chegar a S. Brissos, no lado direito da estrada, encontra-se a Anta-Capela de Nª. Sra. do Livramento.
Acessibilidade: Fácil
Tem entre cinco e seis mil anos, e da anta primitiva restam alguns esteios, um dos quais está caído ao lado da capela, e parte da laje de cobertura, que foi integrada no tecto da ermida. Está pintada de branco, com uma faixa azul na base, à maneira das casas típicas alentejanas.
Diz-se ter existido a alguns metros da anta uma fonte onde aparecia uma imagem da Senhora do Livramento. Os locais transportavam-na para a Igreja de S. Brissos de onde desaparecia para de novo voltar a aparecer na fonte. Tantas vezes aconteceu que os habitantes decidiram erguer na anta uma capela para que a santa pudesse descansar avistando a fonte.
Segundo a lenda, São Brissos, um santo português que terá sido o segundo bispo de Évora, e a Senhora do Livramento tiveram um filho, mas São Brissos traiu-a com a Senhora das Neves. Quando as populações precisavam de chuva, retiravam a imagem da senhora do Livramento da capela, deixando lá o seu filho e colocavam-na na Igreja de São Brissos, de costas para o santo. Eram as lágrimas que a Senhora chorava por se encontrar perto do santo e longe de seu filho que fazia com que chovesse.
Ainda recentemente, em anos de seca, faziam-se procissões à capela, a pedir chuva.
Até há pouco tempo, a capela continuou a ser lugar de encontro e romarias.
Na 5ª Feira de Páscoa levava-se o assado de borrego que era comido à volta da capela, depois da missa rezada no exterior, servindo o grande esteio tombado, a poente, como mesa de altar. Na 5ª. Feira da Ascensão a festa era mais profana. Depois da colheita da espiga, juntavam-se grupos de pessoas de S. Brissos, Escoural e Casa Branca que aí merendavam pela tarde fora.
Anta de São Brissos - Direção Geral do Património Cultural Registo - Monumentos
UMA ERMIDA QUE JÁ FOI ANTA - Morbase
Monumento funerário de falsa cúpula, classificado como Imóvel de Interesse Público, através da Portaria nº 646/2014.
Foi descoberto e escavado em 1964.
Trata-se de um monumento funerário conetivo que, pela sua tipologia e espólio, se pensa ser contemporâneo do povoado Calcolítico identificado no exterior da gruta.
Com pouco menos de 3,5 metros de comprimento, o corredor apresenta-se envolvido por cinco lajes verticais, assim como o átrio que atinge um comprimento de cerca de 2,5 metros.
Este sepulcro megalítico de falsa cúpula possui câmara circular de cerca de 6 metros de diâmetro, revestida por três dezenas de pequenas lajes verticais e corredor. As escavações revelaram um espólio votivo rico em pontas de seta, cerâmicas e objectos de adorno e simbólicos, destacando- -se mais de uma centena de placas de xisto.
Tholos do Escoural - Morbase Tholos do Escoural - Direção Geral do Património
Cultural Tholos do Escoural - Monumentos Trabalhos Arqueológicos no Povoado e Tholos do Escoural ... Classificado como sítio de interesse público- Portaria n.º 646/2014
Noticia Jornal- CULTURA AO MINUTO 05/08/14 https://montemorbase.com/my-product/tholos-do-escoural/
Para além dos valores classificados, a rica herança pré-histórica da freguesia, torna-a sem sombra de dúvida, um dos sítios mais importantes da Europa, do ponto de vista histórico arqueológico, manifestando-se na presença de muitos outros elementos patrimoniais, como por exemplo:
A característica da imagem urbana é a presença imponente de chaminés, algumas desproporcionadamente enormes relativamente ao edifício em que se suportam, trazendo outros ritmos aos arruamentos, algumas delas exibindo a sua antiguidade, através da data inscrita e emoldurada por pinturas decorativas.
Com uma elevada ocupação florestal, dominando o sobreiro (Quercus suber) e a azinheira (Quercus rotundifolia), 76,92 % do solo da freguesia está classificado como Espaços Naturais (Revisão do PDM – Estudos de Caracterização), sendo que 48,76 % integram a Rede Natura 2000, Sítio de Importância Comunitária PTCON0031 Monfurado, que se caracteriza por uma grande diversidade de habitats naturais e humanizados, destacando-se a ocorrência de abrigos de grande importância para a preservação de várias comunidades de morcegos com estatuto de proteção Em Perigo, que vivem nas cavidades resultantes da antiga extração de minério (minas dos Monges e da Nogueirinha).
Integra ainda infraestruturas de apoio ao turismo de natureza: uma rede de percursos pedestres e de BTT.
A Fonte da Ferrenha, situada na Herdade das Casas Novas, é uma dádiva da natureza com formação rochosa, que protege uma pequena nascente de água férrea.
Com rocha frontal de 17 metros de frente composta de uma pequena caldeira que se formou ao longo dos tempos pela corrente de água vertente das rochas.
Esta fonte oferece-nos uma fresca e deliciosa água que nos delicia nos dias quentes de verão.
Junto á ribeira e á sombra de meia dúzia de arciprestes este lugar cativou ao longo das épocas a população nas suas horas de lazer, a fazer ali os seus piqueniques, sendo mesmo, o lugar preferido dos namorados que ali deixavam, a marca da sua presença, gravada nos troncos dos arciprestes, com os seus nomes e declarações de amor.
No ano de 1930 esta pequena fonte abastecia de água 203 pessoas que viviam nos montes em seu redor.
As pessoas que ali se abasteciam transportavam a água em cântaros de barro que levava meia hora, a encher com um coxo de cortiça (recipiente que se utilizava na época para beber água nas fontes e nos trabalhos do campo).